terça-feira, 2 de outubro de 2007

...E com tantas coisas a fazer, onde eu me encontraria? Onde seria que nao escrevendo freneticamente qualquer bobagenzinha que me passaria por essa mente tao ativa? Com tantas provas pra estudar, tantos trabalhos a pesquisar, tantas obrigacoes me obrigando a perder e consumir meus poucos anos de vida em assuntos tao tolos, tao bobos, tao...Vazios!
O que me restaria senao me revoltar? Assumir a responsabilidade de apenas viver sem maiores explicacoes. Assumir as redeas e -apenas,assim como quem nada quer- dizer "NAO"!
Nao, hoje eu nao quero passar noites em claro lendo e relendo textos tao vagos, que, certamente, nao tocam sequer um decimo do meu estado de espirito.
Nao, hoje eu nao quero ter que rir risos falsos, ter que falar palavras mudas e assumir responsabilidades de atos e fatos e tantas coisas absurdas.
Nao, hoje eu nao quero ter de encontrar pessoas que nao significam absolutamente nada, pessoas grosas, mal-educadas...Que apenas me fazem desiludir com o mundo e com os humanos.
Nao, hoje eu nao quero ter de passar pelas flores apressada, sem poder parar para admira-las, sem poder sentir seus aromas enluarados, sem poder vislumbrar o ceu -que certamente nao estara palido-, nem contemplar o vento, o ar, os passaros...
Nao! Hoje eu nao quero passar pela vida correndo, me preocupando com o amanha, esperando por ele anciosamente, enquanto esqueco-me apenas de viver.
Nao, hoje eu vou deixar os relogios em casa, as obrigacoes nas gavetas, as 'regras de conduta' nos livros e tudo o mais que me impede de ser apenas eu, escondidos.
Hoje eu vou viver.
Amanha, talvez, dependendo de como eu acordar eu resolvo olhar pra esse mundo caotico, com os mesmos olhos freneticos de quem sofre do eterno mal moderno.
Mas, talvez, amanha eu acorde querendo viver novamente. E ai...Nada mais ira me deter!

Desculpem-me, vou viver um pouco mais, vou amar intensamente, vou ver as estrelas, sentir a grama, brincar com o cao, sorrir com a crianca. Vou ser feliz com os pequenos presentes diarios...E, caso ainda haja sorrisos suficientes, doar-te-ei alguns para que voce tambem possa sorrir e viver comigo.

Parti!

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